Repetindo os mesmos padrões
- Day Iglesias
- 10 de abr.
- 3 min de leitura

A pergunta é simples, mas carrega um peso que a maioria de nós já sentiu:
Por que eu continuo repetindo os mesmos padrões, mesmo sabendo exatamente o que deveria fazer diferente?
Você sabe o que precisa.
Você já leu, já ouviu, já tentou.
Sabe que precisa se posicionar com mais firmeza.
Sabe que continuar adiando não tá te levando a lugar nenhum.
Mas mesmo com toda essa clareza…
Você repete.
E o mais frustrante: repete sabendo.
É como se algo invisível te puxasse pra trás, pra um lugar antigo que você já decidiu abandonar.
E quando isso acontece, a mente começa a atacar:
“Você não tem foco.”
“Você não nasceu pra isso.”
Mas deixa eu te oferecer uma verdade mais profunda, com a delicadeza de quem já passou por isso e a firmeza de quem estuda pra transformar:
Você não está presa porque não quer mudar.
Você está presa porque está tentando mudar no lugar superficial.
A maioria tenta mudar no nível da ação.
“Vou começar a acordar mais cedo.”
“Vou postar todo dia.”
“Vou parar de me comparar.”
Mas a ação é só a consequência.
O comando vem de dentro.
Por isso, eu quero te apresentar agora as cinco camadas que sustentam o seu comportamento — pra que você comece a mudar não só o que você faz, mas de onde você faz.
Ambiente – O lugar onde você vive, as vozes que escuta, o que te cerca.
Ação – O que você faz no automático.
Habilidade – O quanto você se sente capaz de fazer aquilo com fluidez.
Crenças – Aquilo que você acredita, mesmo sem perceber.
Identidade – Quem você acredita que você é.
E aqui está o ponto-chave:
Você sempre vai agir em coerência com quem acredita ser.
Se, lá dentro, você se vê como insegura, desorganizada, ou não merecedora…
Você pode até se forçar a mudar por um tempo.
Mas o sistema interno vai puxar você de volta pro conhecido.
Pro seguro.
Pro mesmo.
É por isso que tanta mulher começa com gás e termina se sentindo frustrada.
Não é por falta de esforço.
É por falta de alinhamento.
Porque quando a identidade diz uma coisa e o comportamento tenta dizer outra, quem vence…
É a identidade.
Quer um exemplo real?
A mulher que quer empreender, mas acredita que dinheiro muda as pessoas.
A que quer falar com autoridade, mas aprendeu desde pequena que mulher segura de si é arrogante.
A que quer fazer diferente, mas cresceu ouvindo que “você sempre desiste no meio”.
Esses padrões não são só seus.
Eles foram aprendidos.
E tudo que foi aprendido, pode ser reescrito.
Mas pra isso, você precisa de consciência.
E consciência não é saber que tem um problema.
É saber onde ele mora.
Então, eu te convido a se perguntar agora:
O que exatamente está me impedindo de fazer o que eu já sei que preciso fazer?
Cada camada pede um tipo diferente de cura.
E é por isso que você não precisa se culpar por ainda não ter conseguido.
Você só precisa aprender a olhar com mais profundidade.
E esse é o convite
Reconfigurar o sistema, e não só a rotina.
Porque quando você muda o que está na raiz, o fruto muda naturalmente.
Sem força.
Sem auto-sabotagem.
Com mais leveza, clareza e verdade.
Esse é o caminho.