Em um pequeno vilarejo, uma dona de casa, ao ouvir palmas na porta, foi atender.
“Oi de casa, estou entrando!”, exclamou um homem, já adentrando o local. Para a surpresa dela, ele começou a jogar esterco de cavalo em seu tapete da sala.
Assustada, a mulher exclamou: “O senhor está maluco? O que acha que está fazendo no meu tapete?”
Com toda a confiança, o homem, que era um vendedor, respondeu rapidamente antes que ela pudesse continuar: “Boa tarde! Estou aqui para demonstrar, ao vivo, o poder do nosso aspirador de pó! E vou provar que ele é o mais eficiente do mercado. Tanto que faço um desafio: se eu não limpar todo esse esterco do seu tapete, eu mesmo comerei tudo!”
Sem dizer uma palavra, a mulher se dirigiu à cozinha. Intrigado, o vendedor perguntou: “A senhora vai aonde? Não quer ver o quanto o meu produto é eficiente?”
Ela, então, respondeu calmamente: “Vou buscar uma colher, sal, pimenta e um guardanapo de papel. E também uma cachaça, para abrir o seu apetite, porque aqui em casa não tem energia elétrica!”
Essa é uma história clássica de um vendedor confiante demais, não é? Ele chegou cheio de certezas, acreditando que sua demonstração seria um sucesso, mas esqueceu de um pequeno detalhe: a tecnologia precisa de energia para funcionar! A lição aqui é clara: antes de qualquer coisa, é preciso entender o ambiente, as necessidades e as limitações de quem está do outro lado.
No mundo dos negócios (e na vida), a preparação e o conhecimento sobre o contexto são fundamentais. Se não sabemos com quem estamos lidando ou o cenário em que estamos operando, corremos o risco de fazer promessas que não podemos cumprir – e acabar tendo que engolir, literalmente, nossas próprias palavras.
Talvez esse vendedor tenha aprendido da maneira mais difícil que, sem entender o cliente, até o melhor produto do mundo não vai ajudar.