Menos é mais
- Day Iglesias
- 9 de set. de 2024
- 2 min de leitura

Em 2023, uma colaboração entre duas marcas icônicas chamou a atenção nas mídias e redes sociais: a parceria entre Nike e Tiffany.
Essa colaboração resultou em uma edição especial do famoso modelo Air Force 1, que completou 40 anos. Mas o que o tornou especial? Quase nada.
O tênis, batizado de Air Force 1 1837, foi confeccionado em camurça preta, com detalhes em prata e o famoso Swoosh da Nike em azul Tiffany. O preço? US$ 400, quase quatro vezes mais caro que a versão tradicional.
Por que, então, alguém pagaria tanto por algo com poucas alterações?
Segundo Virgil Abloh, fundador da Off-White e ex-diretor criativo da Louis Vuitton, isso se deve ao equilíbrio entre (1) familiaridade, que nos traz conforto, e (2) novidade, que desperta nossa curiosidade.
Baseado nessa ideia, Abloh criou a "regra dos 3%": mudar apenas 3% de um produto para criar algo novo e desejável, mantendo sua essência intacta. Um exemplo clássico é sua colaboração com o Air Jordan 1, onde ele fez apenas ajustes sutis, mantendo o design icônico, mas com um toque pessoal.
Essa estratégia tem como grande benefício a preservação da identidade do produto, algo crucial para a fidelidade dos clientes.
Voltando a 2023, a parceria entre Nike e Tiffany seguiu esse mesmo princípio, mantendo a estética familiar das duas marcas, já consolidada com seu público.
Outra marca que também aplicou bem a regra dos 3% foi a sueca Absolut, que, em diversas campanhas, alterou apenas o design de sua garrafa. Um destaque foi a edição limitada ABSOLUT UNIQUE, lançada em 2012, que trouxe quase 4 milhões de garrafas numeradas com design exclusivo.
A regra dos 3% mostra que pequenas mudanças podem causar um grande impacto quando bem aplicadas.
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